21 de setembro de 2014

A beleza das cartas


Quando o telefone foi inventado, se tornou mais fácil se comunicar com as outras pessoas. Assim que a Internet nasceu então, nem se fala. Porém, é chato parar e perceber que foi abandonada uma antiga forma de comunicação: a escrita.
Bilhetinhos, cartas, tudo isso foi trocado por mensagens de texto. Claro, elas são mais rápidas e práticas, mas há algo maravilhoso no ato de escrever. Quando se escreve, a pessoa que recebeu o que foi escrito pode guardar numa caixinha aquelas palavras. Deixar SMS no celular e nunca apagar não é a mesma coisa.
Isso tanto pra bilhetes comuns quanto para as cartinhas de amor. Quem nunca escreveu ou pelo menos já quis escrever uma dessas? Eu escrevo e acho muito fofo quando recebo cartas também. Adoro colocar meus sentimentos no papel, por mais difícil que às vezes seja me expressar com exatidão. É uma recordação, um modo de dizer "eu queria que você guardasse isso, que não esquecesse desse pequeno gesto".
Seria legal se as pessoas escrevessem mais cartas, mais bilhetes, quem sabe até mais listas de supermercado (tá, aí é exagero). É mais bonito e dura mais. Escrever, assinar, dobrar, colocar num envelope... Uma carta é uma coisa tão cheia de detalhes, tão caprichada quando feita com carinho.
Depois de mais de mil mensagens por celular, Whatsapp, Facebook ou o que quer que seja, as frases tornaram-se mais banais. Numa carta cada linha tem valor, porque não é toda hora que se recebe algo assim. Talvez até seja essa parte de sua beleza: uma carta é algo que só se recebe muito de vez em quando.
Acho que elas não vão se tornar mais feias se forem escritas com maior frequência, então por que não as escrevemos mais seguido?

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