17 de fevereiro de 2019

In my life

Minha rua tem buracos
e algumas flores para enfeitar
Nela, há pegadas
de gente que só veio dar uma olhada
e gente que veio para ficar
As marcas que deixaram, são pétalas
ou espinhos
nas tatuagens em minha pele
No fim do dia, amo todos que passaram
pois essa é a vida
e o seu significado.

15 de maio de 2018

Amor em flor


A flor mais bonita do meu jardim
Não é uma orquídea, apesar da beleza singular
Não é um girassol, mas também é alegre e sorridente
Não é uma rosa, mesmo ficando vermelha ao envergonhar-se
Não é uma margarida, mas é delicada e preciosa
Não é uma jasmim, porém também é cheirosa e contagiante
A flor mais bonita do meu jardim
É você
A violeta mais perfeita que eu poderia ter.

15 de abril de 2018

Vizinha


Grade baixa
portão trancado
Será que convida
ou será que engana?

Será que é metáfora?
Ou será que é segredo?
Queria saber o que escondes
além desta entrada.

25 de janeiro de 2018

Have you ever?

Have you ever lost someone
and couldn't do anything about that?

Have you ever fallen in love so hard
and then had your heart broken in a thousand little pieces?

Have you ever thought "I wanna be like them"
and realized that it wouldn't happen?

Have you ever forgotten about a dream
just because you didn't believe in yourself?

Have you ever been afraid of something
and at the same time
wanted that something so much?

Have you ever been betrayed
by someone you cared about?

Have you ever spent nights crying
because you missed that special person?

Have you ever felt alone
in a crowded room?

Have you ever felt lost
alone
miserable
and you just want to end the pain?


Just relax. You're not the only one. Things get better.

4 de dezembro de 2017

Encontros & Desencontros

Curioso pensar como alguns locais guardam memórias. No momento, estou sentada num banco sozinha na Praça Coronel Pedro Osório. O dia está quente e ventoso, não exatamente o melhor tempo possível.
Esta praça foi palco de diversos romances meus. Nesse mesmo lugar (não especificamente neste banco) dei beijos e abraços, tive começos e términos, vi corações felizes e partidos (tanto o meu quanto os deles), me vi apaixonada e desencantada.
Nada é mais natural que isso, imagino. É comum ver casais nesta praça, com seus sentimentos e desejos expostos para todo mundo ver. Agora mesmo, a alguns metros de distância bem na minha frente, é possível ver um casal. Dois, na verdade. Em ambos os casos, o homem está com o braço ao redor da mulher, abraçando-a, mas as moças esboçam diferentes reações. Enquanto a da esquerda me parece feliz, normal, a da direita está de braços cruzados, aparentando estar insatisfeita com algo ou alguém (sinto um pouco de pena de seu parceiro).
Este chão não vive apenas de romances, é claro. Amizades podem ser vistas aqui, famílias, brigas, histórias, cachorros, entre outras coisas. Me dói pensar que tem gente que não valoriza esse espaço, cenário ideal da vida. Há algumas semanas mesmo, o chão perto do chafariz foi pichado, algo foi escrito em vermelho, deixando o lugar feio. Ainda bem que a prefeitura tentou consertar o estrago em seguida.
Não sei porquê, mas sempre gostei de falar de amor, especialmente dos meus amores. Muita gente fica constrangida, prefere enterrar no passado, fingir que não aconteceu. Eu não sou assim. Acredito que meus relacionamentos fazem parte de quem sou, aprendi tanto com os que deram certo quanto com os que deram errado (na verdade, aprendi principalmente com estes últimos). Gostar ensina, sentir dor ensina.
Eu só espero duas coisas nessa tarde: que a minha geração não passe a desacreditar no amor e que o dia seja bom. Afinal, hoje mesmo vou encontrar alguém especial. Quem sabe quanto tempo irá durar?